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APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

Durante uma noite de sono normal, verificamos que no eletroencefalograma (EEG) aparece uma alternância de dois tipos de sono: sono sincronizado, sem movimento ocular rápido (não-REM) e sono dessincronizado, com movimento ocular rápido (REM). Em inglês REM significa movimento rápido do olho.

Nos estágios I a IV do sono, as ondas do EEG tornam-se mais lentas, a frequência vai se reduzindo até chegar em 3,5 Hz (Ondas delta). Esta redução vai sendo acompanhada do aumento do relaxamento muscular e o despertar da pessoa torna-se cada vez mais difícil. Inclusive o estágio 4 é o de despertar que impõe maior barreira, pois, a frequência cardíaca e respiratória reduzem muito.

 

 

Cerca de 1,5h depois do início do sono, ocorre uma mudança brusca nas ondas do EEG, que se tronam agora dessincronizadas, coincidindo com o início do sono REM. Não há mais um padrão repetitivo, a frequência altera bastante.

O primeiro período de sono REM de uma noite, dura de 5 a 10 minutos, aumentando gradualmente. Essa variação entre sono não-REM e sono REM ocorre cerca de 6 vezes por noite, promovendo o repouso ideal à atividade cerebral e muscular.

Veremos, então, agora uma das ocorrências patológicas (relativa à doença) que aparece nesta etapa do sono REM.

Apneia obstrutiva do sono é uma parada respiratória provocada pela junção das paredes da faringe. O problema acontece enquanto a pessoa está dormindo e roncando. Diante das crises, ela para de roncar, por causa do impedimento da passagem de ar pela faringe. Com esta frequência de ocorrências, haverá menor oxigenação do sangue, e assim surgem danos ao organismo. 
 

Existem algumas situações que nos chamam a atenção:
 

  • Redução dos níveis de oxigênio no sangue. 

  • Em crianças, duas ou três paradas respiratórias já são suficientes para o sangue dar sinais de falta de oxigênio.

  • Estatísticas mostram que a apneia prevalece mais em homens com idade entre 40 e 50 anos, e com obesidade. Além disso, são agravantes as seguintes situações: quadros de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica,  arritmias,  infartos  e insuficiência cardíaca congestiva. Em diversas situações o tratamento da apneia é suficiente para redução e controle da pressão arterial.  


Notadamente, existem outros elementos, fatores que colaboram no surgimento do ronco e apneia. Podemos, então, citar as seguintes situações patológicas:
 

  • Amídalas e adenoides muito grandes;

  • Obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos;

  • Dormir de barriga para cima;

  • Queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua. Estes são os pacientes chamados de retrognatas, em termos de mandíbula. Esta mandíbula para trás diminui o espaço aéreo, e favorece o ronco;

  • Álcool, tabaco;

  • Obesidade, porque favorece a infiltração de gordura na faringe.
     

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