Orientador: Profº Dr. Eduardo Sérgio de Souza
Mestrando: Renato Rodrigues
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ONDAS NO CORPO HUMANO
Mestrado em Ensino de Física
APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Durante uma noite de sono normal, verificamos que no eletroencefalograma (EEG) aparece uma alternância de dois tipos de sono: sono sincronizado, sem movimento ocular rápido (não-REM) e sono dessincronizado, com movimento ocular rápido (REM). Em inglês REM significa movimento rápido do olho.
Nos estágios I a IV do sono, as ondas do EEG tornam-se mais lentas, a frequência vai se reduzindo até chegar em 3,5 Hz (Ondas delta). Esta redução vai sendo acompanhada do aumento do relaxamento muscular e o despertar da pessoa torna-se cada vez mais difícil. Inclusive o estágio 4 é o de despertar que impõe maior barreira, pois, a frequência cardíaca e respiratória reduzem muito.
Cerca de 1,5h depois do início do sono, ocorre uma mudança brusca nas ondas do EEG, que se tronam agora dessincronizadas, coincidindo com o início do sono REM. Não há mais um padrão repetitivo, a frequência altera bastante.
O primeiro período de sono REM de uma noite, dura de 5 a 10 minutos, aumentando gradualmente. Essa variação entre sono não-REM e sono REM ocorre cerca de 6 vezes por noite, promovendo o repouso ideal à atividade cerebral e muscular.
Veremos, então, agora uma das ocorrências patológicas (relativa à doença) que aparece nesta etapa do sono REM.
Apneia obstrutiva do sono é uma parada respiratória provocada pela junção das paredes da faringe. O problema acontece enquanto a pessoa está dormindo e roncando. Diante das crises, ela para de roncar, por causa do impedimento da passagem de ar pela faringe. Com esta frequência de ocorrências, haverá menor oxigenação do sangue, e assim surgem danos ao organismo.
Existem algumas situações que nos chamam a atenção:
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Redução dos níveis de oxigênio no sangue.
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Em crianças, duas ou três paradas respiratórias já são suficientes para o sangue dar sinais de falta de oxigênio.
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Estatísticas mostram que a apneia prevalece mais em homens com idade entre 40 e 50 anos, e com obesidade. Além disso, são agravantes as seguintes situações: quadros de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca congestiva. Em diversas situações o tratamento da apneia é suficiente para redução e controle da pressão arterial.
Notadamente, existem outros elementos, fatores que colaboram no surgimento do ronco e apneia. Podemos, então, citar as seguintes situações patológicas:
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Amídalas e adenoides muito grandes;
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Obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos;
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Dormir de barriga para cima;
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Queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua. Estes são os pacientes chamados de retrognatas, em termos de mandíbula. Esta mandíbula para trás diminui o espaço aéreo, e favorece o ronco;
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Álcool, tabaco;
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Obesidade, porque favorece a infiltração de gordura na faringe.